Vamos Filosofar Um Pouco – Parte 6

Continuando nossa querida e maravilhosa serie, devemos nos perguntar uma coisa bastante intrigante, e para começar vamos voltar para a antiguidade, isso mesmo, vamos “viajar” no tempo,  vamos voltar lá para 6900 e guaraná na garrafa de pedra com rolha de dente de dinossauro. O nosso objeto de estudo será o homem primitivo e sua convivência com o mundo a sua volta, como ele explicava o mundo, como ele explicava os fenômenos que aconteciam na sua época, e por aí vai. Para quem já descobriu qual assunto nós vamos debater, vem a confirmação, para os curiosos, a novidade. O assunto deste e-mail é mito.

Antes de mais nada, devemos definir nosso objeto de estudo, assim devemos pegar o Aurélio, e defini-lo:

 

Mito (sm.) 1. Relato sobre seres e acontecimentos imaginários, que fala dos primeiros tempos ou de épocas heróicas 2. Narrativa de significação simbólica, transmitida de geração em geração dentro de determinado grupo e considerada verdadeira por ele 3. Idéia falsa, que distorce a realidade ou não corresponde a ela 4. Pessoa, fato ou coisa real valorizados pela imaginação popular, pela tradição, etc. 5. (Fig.) Coisa ou pessoa fictícia, irreal, fabula. § mí-ti-co adj.

 

Tendo definido nosso objeto, peguemos o bisturi e dissequemos o mesmo, a primeira coisa que vem a nossa cabeça quando falamos de mito é que o mesmo é uma história de fantasia, isto é, nunca existiu, o que nos força a perguntar (como e do costume do filosofo): POR QUE, sendo o mito uma mentira, o ser humano criou essas histórias fantásticas? Para se distrair, pois não tinha cinema e nem McDonalds naquela época. Eu acho que não, então para que? O mundo naquela época era uma coisa complexa, uma hora chovia outra fazia um sol de rachar, tinha trovões, furacões, terremotos, maremotos, e uma vontade louca de entender esses fenômenos. Então o que eles fizeram, criaram o mito. Este não é nada mais nada menos do que uma tentativa de explicar a realidade a nossa volta. O mito famoso é o do deus Viking, cujo nome era Thor, o deus do trovão, diz a lenda que quando tinha uma tempestade com muitos trovões, era apenas o deus Thor guerreando com o mal para resgatar a princesa não sei das contas, (peço desculpas por isso, mas é que eu não achei essa lenda na Internet), assim o homem daquela época tinha explicado  sua realidade. Mas não para por aí não, um mito derrubado gera outro, isso mesmo, quando descobriram que não era o deus Thor lutando para resgatar a princesa, eles tiveram que dar outra explicação e qual foi? Os deuses estavam irados e exigiam um sacrifício, como é na vida, esse mito também caiu. Até que se descobriu que os trovões são a descarga de uma concentração de energia gerada por uma estática,(para os físicos: as nuvens são carregadas de energias positivas e negativas e quando as nuvens se chocam geram estática e decorrência disso o raio). Para ilustrar que o mito é algo importante e que ele era uma tentativa de explicar a realidade a nossa volta, vamos comentar outro mito bem conhecido. Todos se lembram que na Idade Media acreditavam que a terra era chata? Isso para os que não sabem é um mito, basta ver o item 3 da definição,  assim um louco de nome Copérnico, bate as pernas e falou para todo mundo ouvir que a terra era redonda como uma laranja, resultado disso ele morreu na fogueira pela Santa Inquisição e mais um mito caiu por terra, o substituto dele foi o mito de que a terra é redonda, e para os amantes da física, já se fala que a terra não é redonda, ele é na verdade elíptica, isto é, chata nos pólos (também pudera mais de 4.5 bilhões de anos rodando no espaço você quer o quê?). Viu como o mito é importante, e por aqui para. Para não, e sabe por quê? Simples, temos vários mitos modernos, o mito do homem pisar na lua, entre outros mitos, isso mesmo nós nos vangloriamos tanto que somos mais racionais que nossos antepassados, mas não conseguimos nos livrar desses mitos, vocês sabem o porquê.

Acho que por hoje é só.

Para as mulheres um beijo.

Para os homens um abraço.

J

 

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