Vamos Filosofar Um Pouco – Parte 1

Aí galera maligna do mal,

Vamos Filosofar um pouco? Gente fiz esse e-mail depois da ultima reuniao, (para aqueles que só olham seus e-mails uma vez por mes a ultima reuniao foi 11/01/2004), pois no final o assunto foi mais ou menos “pensar”, assim nada melhor do que a filosofia para isso. Portanto continuem lendo.

Bem gostaria de começar dizendo que este e-mail vai ser um pouco filosófico. Sim, lá vem a chata da filosofia. Pensar é necessário, como foi que você acha que alguém descobriu que o mundo gira em torno do sol, veio do nada, assim simples? Não!!! Foram meses, anos, talvez décadas de estudos. A propósito, alguém sabe quem foi que descobriu isso??? Gostaria de conduzir esse e-mail de forma a questionar se o que fazemos é certo ou errado, se certas coisas que acontecem são o destino, ou foi a escolha da pessoa que levou a que tal fato acontecesse, entre outras questões interessantes, quero levar o pensamento filosófico de modo simples e de modo que todo mundo possa entender, nada daqueles pensamentos de fundir a cabeça, de derreter o cérebro.
Mas para começarmos esse estudo filosófico de tudo o que está a nossa volta, de nossa realidade, e até de nós mesmos, muita gente passa a vida toda sem saber, ou no mínimo se perguntar: “Quem sou eu?”. Porque devo analisar de forma filosófica o mundo a minha volta? Primeiro, hoje em dia as informações são jogadas em nós, assim absorvermos toda essa informação e a reproduzimos, a questão é: engolimos toda essa informação e nem nos damos o luxo de perguntar de onde vem, será que essa informação é verdadeira, apenas a reproduzimos. Segundo, pensar é necessario, os gregos diziam “Mente sã, corpo são”, assim o corpo precisa da mente e a mente precisa do corpo. Vamos analisar a coisa assim, suponhamos que você faça musculação, o que acontece se você malhar um braço? Não vai ficar aquela coisa desproporcional, um braço forte e o outro fraco? Dessa forma é a mente e o corpo, se você cuida muito do corpo e esquece a mente, o corpo no final acaba padecendo, por inumeras razões que não vou ficar explicando aqui senão fica aquela coisa chata, a mesma coisa aconte se você exercita a mente e esquece do corpo, o que acontece? Exatamente, a mente padece. Terceiro, razão e fé devem andar juntos, aí vem a pergunta: “Mas a razão diz que não existe milagre?”, com o que eu respondo, existe sim, a questão é temos tecnologia para analisarmos esse milagre? É assim que vejo, a razão deve explicar a fé, como a fé deve alimentar a razão. Exposto agora os motivos pelos quais devemos filosofar (filosofia vem do grego e quer dizer amor a sabedoria) vamos começar nossa discursão.
A primeira pergunta que devemos nos fazer quando iniciamos o caminho filosofico é perguntar a nós mesmo: “Quem sou eu?”, agora você vai na frente do espelho e se pergunte “quem sou eu?”, pronto? Ainda nao foi? Anda eu nao vou fugir, vai lá e volta. Nao vai doer, se é isso o que você quer saber. Ok? Qual foi a resposta? Os que responderam eu sou Fulano da Silva Moreira, R.G. 123456789 SSP/DF e inscrito no CPF sob o número 98765432100, gostaria de dizer que vocês tem um grande caminho filosófico a percorrer porque a resposta de vocês está errada, sinto em informar que a resposta não se encontra em um documento. Já aqueles que responderam eu sou eu, parabens, mas isso é muito pouco, o caminho de vocês é um pouco menor do que dos anteriores. Agora o grupo seleto de pessoas que entenderam a pergunta, esses sim merecem o verdadeiro parabens, mas será que voces responderam mesmo a pergunta ou só a entenderam. Está complicado? É simples, você é Fulano de Tal Costa e Silva, tem seu número no Registro Geral, possui seu CPF, estuda, ou trabalha, tem suas preocupações, isso ninguem questiona, mas a pergunta nao se refere a esse eu, e sim a pessoa que está em seu interior. Nosce Te Ipsum, vem do latim e significa “conhece a ti mesmo”, você se conhece? Você sabe do que você é capaz? Você é uma pessoa má ou boa? São essas pequenas perguntas que vão respondendo a “grande pergunta”. Numa guerra o mais importante não é conhecer o inimigo, saber seus pontos fracos e os pontos forte, onde atacar, como atacar, e sim conhecer a si mesmo, porque se você se conhece, vai saber seus pontos fracos e fortalece-los, vai saber por onde você pode ser atacado, entre outras coisas.
Então, você vai conseguir durmir essa noite sem se perguntar: “Quem sou eu?”? Não, ótimo, mas não se desespere a resposta não está em livros, não está na televisão, eu sei, que droga, a resposta não está na televisão, ela não vai cair do céu, você não vai descobrir da noite para o dia. Sabe onde você vai encontra-la. Dentro de você, mas para isso não é preciso você ir no médico e falar: “Doutor, o senhor poderia meter o pisturi aqui e descer até a barriga, porque a resposta está dentro de mim” e muito menos ficar virando os olhos na tentativa inutil de olhar dentro de você. Mas então como eu posso descobrir essa resposta? Simples. Vamos falar um pouco de Descartes, filosofo do começo do seculo XV, em sua principal obra, “o Discurso do Método e Regras Para a Direção do Espírito”, ele estabeleceu quatro passos, o primeiro é: nunca aceite uma verdade como sendo verdadeira, até que você a conheça como tal; segundo: divida em quantas partes você acha que seja necessário para a analise do problema, isso para facilitar a solução do problema; terceiro: conduzir por ordem seus pensamentos, iniciando pelo mais simples até o mais complicado; quarto: não se esquece de nada, estude todos os aspectos de você. Acredito que o primeiro passo ou você já o fez ou já o iniciou, porque ao tentar responder a pergunta você criou uma verdade, logo você deve descarta-la ou aceita-la. O restante dos passos são simples, é só segui-los da forma como se encontram.
Qualquer duvida, responda a esse e-mail. E como se trata de filosofia, é bom a gente discurtir um pouco, assim o tema da discursão é “Quem sou eu?”, pelo menos até o proximo e-mail filosofico.

Atenciosamente

Jadson.

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